Xerath
- Admin
- 27 de mar. de 2018
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"Uma vida de escravidão me preparou para uma eternidade de soberania."


Xerath é um Mago Ascendente da antiga Shurima, um ser de energia arcana que agoniza nos estilhaços de um sarcófago mágico. Por milhares de anos ele ficou aprisionado nas profundezas das areias, porém o progresso de Shurima o libertou deste cárcere ancestral. Enlouquecido pelo poder, ele agora busca tomar aquilo o que julga seu por direito, substituindo as novas civilizações por uma feita à sua imagem e semelhança.
O menino, que mais tarde seria conhecido como Xerath, nasceu há milhares de anos em Shurima e não passava de um escravo sem um nome. Filho de acadêmicos capturados, a sua única perspectiva de vida era uma escravidão perpétua. A sua mãe o ensinou a escrever e calcular, enquanto seu pai o versou em história, com a esperança de que tais competências pudessem garantir-lhe um futuro melhor. O menino jurou que não acabaria curvado e chicoteado como todos os demais escravos.
Um dia, o pai do rapaz se aleijou enquanto escavava o alicerce de um monumento para o cavalo predileto do Imperador, e foi abandonado à morte no local do acidente. Temendo que o seu filho encarasse um destino semelhante, a mãe do garoto implorou para que um renomado arquiteto de túmulos o adotasse como aprendiz. Apesar das primeiras hesitações, o arquiteto surpreendeu-se com o menino e seu olhar detalhista e compreensão nata de matemática e linguística, e acabou por aceitar. O menino nunca mais viu a mãe.
Ele aprendia rápido, e quase que diariamente seu mestre o enviava à Grande Biblioteca de Nasus em busca de textos e diagramas específicos. Em uma dessas viagens, o garoto conheceu Azir, o preterido filho do imperador. Azir se esforçava para entender uma passagem dificultosa de um texto antigo. Mesmo ciente de que falar à realeza significava brincar com a morte, o menino resolveu ajudar o jovem príncipe com aquela gramática complexa. Naquele momento, formou-se uma amizade incipiente, e nos meses que se seguiram, tal ligação só se fortaleceu.
Embora os escravos fossem proibidos de receber nomes, Azir nomeou o menino. Ele o chamou de Xerath, que significava 'aquele que compartilha', embora ninguém pronunciasse tal nome além dos dois garotos. Azir providenciou a transferência de Xerath para sua própria residência, nomeando-o seu servo pessoal. A paixão que ambos nutriam pelo conhecimento fazia-os devorar os textos da biblioteca, e assim eles se tornaram próximos como irmãos. Xerath era o companheiro constante de Azir, aprendendo tudo o que podia com esta nova proximidade à cultura, poder e conhecimento, e até ousando sonhar que um dia Azir o libertasse.
Durante uma excursão anual pelos territórios do império, assassinos atacaram a caravana real, que passava a noite em um famoso oásis. Xerath salvou Azir do punhal do assassino, mas todos os demais irmãos dele foram eliminados, colocando o jovem príncipe a um passo do trono de Shurima. Por ser um escravo, Xerath jamais poderia esperar uma recompensa, mas Azir prometeu-lhe que um dia seriam irmãos de fato.
Como consequência da tentativa de assassinato, Shurima sofreu anos de pavor e medo da retaliação do imperador. Xerath conhecia o suficiente sobre a história e funcionamento da corte de Shurima para entender que a vida de Azir estava por um ínfimo fio. Não significava nada ele ser o herdeiro do trono, pois o imperador odiava Azir ter sobrevivido enquanto seus filhos prediletos estavam mortos. Um perigo ainda mais imediato era que a esposa do imperador ainda era jovem o suficiente para engravidar, e até então ela concebera muitos filhos saudáveis. Havia grandes chances de que ela parisse mais um varão para o seu marido, e logo que isso acontecesse, a vida de Azir estaria perdida.
Ainda que Azir fosse um estudioso em seu âmago, Xerath o convenceu de que para sobreviver, era necessário aprender a lutar. E assim foi feito. Em troca, o jovem herdeiro promoveu Xerath, insistindo que ele continuasse seus estudos. Ambos se sobressaíram, e Xerath provou-se um pupilo extraordinariamente talentoso, que se incumbia da busca pelo conhecimento com gosto. Xerath tornou-se o confidente e braço direito de Azir, um posto inédito para um reles escravo. Nesta condição ele tinha grande (e alguns diriam, indevida) influência sobre o jovem príncipe, que cada dia confiava mais no juízo de Xerath.
Ele empenhava-se ao máximo em buscar conhecimento onde quer que fosse, a despeito do preço ou da fonte. E assim destrancou bibliotecas vedadas há tempos, mergulhou em câmaras esquecidas e conferenciou com místicos sepultados nas profundezas das areias. Tudo isso para ampliar seus conhecimentos e ambições, os quais aumentavam com rapidez irrefreável. Quando os sussuros dos cortesãos que mencionavam as suas idas para tais lugares sórdidos não podiam mais ser ignorados, ele encontrava uma forma perspicaz de silenciá-los. Como Azir jamais tocava no assunto destes sussurros, Xerath tinha a confirmação tácita da sua eficiência em manter seu imperador a salvo.
Anos se passaram, e Xerath tomava medidas cada vez mais drásticas para interromper as gestações da mulher do imperador, empregando suas habilidades mágicas iniciais para corromper as crianças no útero. Sem concorrentes ao trono, Azir estaria seguro. Quando surgiam boatos sobre uma maldição, Xerath certificava-se de que jamais voltassem a ser proferidos. Por vezes, aqueles que difundiam tais suspeitas desapareciam sem deixar vestígios. A essa altura, o desejo que Xerath tinha por fugir de suas origens na escravidão tornara-se um anseio ardente pelo poder para fins próprios, embora ele justificasse cada assassinato dizendo que era tudo pelo bem de seu amigo.
Apesar de todo o esforço de Xerath em deter as parteiras da rainha, um novo príncipe de Shurima veio ao mundo, porém na noite do nascimento, Xerath usou seus crescentes poderes mágicos para conjurar os espíritos elementais do deserto e conceber uma tempestade terrível. Xerath arrancou dos céus raio atrás de raio sobre os aposentos da rainha, transformando-os em escombros incandescentes e assim matando a rainha e seu filho recém-nascido. O imperador correu até o quarto dela, mas foi confrontado por Xerath, mãos cobertas de energia arcana ardente. Os guardas do imperador atacaram, mas Xerath reduziu os soldados e o próprio soberano a esqueletos carbonizados. Xerath conseguiu colocar a culpa pelas mortes sobre os magos de um território conquistado, então a primeira medida de Azir ao assumir o trono foi iniciar uma campanha de retaliação brutal contra o povo dali.
Azir foi coroado imperador de Shurima com Xerath ao seu lado, o menino que um dia fora um escravo sem um nome. Xerath há tempos sonhava com este momento, e esperava que Azir desse fim à escravidão em Shurima e, por fim, o nomeasse como irmão. Azir não fez nada disso; apenas continuou a expandir as fronteiras do império e rebater as propostas de Xerath acerca da proibição da escravidão. Para Xerath, essa era mais uma prova da falência moral de Shurima, e assim ele confrontou Azir por ter quebrado sua promessa. O semblante de Azir se enfureceu, e ele lembrou a Xerath de que não passava de um escravo, e para jamais esquecer seu lugar. Naquele dia, algo de nobre morreu em Xerath, mas ele curvou-se em respeito e aceitou, externamente, a decisão de Azir. Durante as campanhas de conquista de Azir, Xerath continuou ao seu lado, mas todas as suas ações eram meticulosamente pensadas para ampliar sua influência sobre o reino que agora ele almejava tomar para si. Roubar um império não seria um feito simples, portanto Xerath sabia que precisava de mais poder.
A famosa lenda da Ascensão de Renekton mostrava que não era necessário um mortal ser escolhido pelos Sacerdotes do Sol; qualquer um poderia se elevar. Sabendo disso, Xerath planejou roubar o poder da Ascensão. Nenhum escravo jamais poderia colocar-se perante o Disco Solar, então Xerath alimentou a vaidade do Imperador, inflando seu ego e enchendo sua cabeça com sonhos impossíveis de um império global. Mas tal sonho só seria possível se Azir pudesse Ascender tal qual os grandiosos heróis de Shurima o fizeram no passado. Com o tempo, a perseverança de Xerath foi recompensada: Azir anunciou que passaria pelo ritual da Ascensão, pois conquistara o direito de ocupar o mesmo patamar de Nasus e Renekton como Ascendente. Os Sacerdotes do Sol protestaram, mas a arrogância de Azir era tamanha ao ponto dele os ameaçarem de tortura e morte.
O Dia da Ascensão chegou e Azir marchou até o Platô da Ascensão com Xerath ao seu lado. Nasus e Renekton estavam ausentes no dia, pois Xerath lhes providenciara uma distração: havia enfraquecido o selo sobre um sarcófago mágico que confinava uma criatura de fogo vivo. Quando a fera por fim rompeu seus grilhões, Renekton e Nasus eram os únicos guerreiros capazes de derrotá-la. Assim, Xerath privou Azir dos dois únicos seres que poderiam salvá-lo daquilo que o aguardava.
Azir colocou-se debaixo do disco solar, e pouco antes de os sacerdotes iniciarem o ritual, os acontecimentos tomaram um rumo que Xerath não esperava. O imperador virou para ele e disse que daquele em momento em diante seria um homem livre. Tanto ele quanto todos os escravos de Shurima não mais seriam obrigados a servir. Azir abraçou Xerath e o nomeou seu irmão para todo o sempre. Xerath ficou desconcertado. Ele recebera tudo o que desejava, mas o êxito dos seus planos dependia da morte de Azir, e nada o dissuadiria de seguir por este caminho. Já havia peças demais em movimento, e Xerath sacrificara muito para voltar atrás agora - por mais que fosse esse parte do desejo dele. As palavras do imperador romperam a amargura que revestia o coração de Xerath, mas elas vieram com décadas de atraso. Desconhecendo o perigo que corria, Azir virou-se, e assim os sacerdotes iniciaram o ritual e invocaram o incrível poder do sol.
Com um urro de fúria e tristeza misturadas, Xerath lançou Azir para longe enquanto este se postava no platô, e olhou aos prantos o seu antigo amigo ser reduzido a pó. Xerath tomou o lugar de Azir, e a luz do sol o banhou, transformando a sua carne na de um Ascendente. Mas o poder do ritual não lhe pertencia, e as consequências de trair Azir foram desastrosas. O poder ilimitado do sol destruiu Shurima por completo, destroçando seus templos e lançando a ruína sobre a cidade. O povo de Azir foi consumido em uma apavorante conflagração após o deserto se erguer para tomar a cidade. O disco solar desabou e, assim, um império construído por várias gerações de imperadores foi eliminado em um único dia.
Mesmo com a cidade em chamas, Xerath agarrava os sacerdotes do sol com sua magia, impedindo-os de encerrar o ritual. A energia que o preenchia era enorme, e ao fundir-se com a feitiçaria sombria dele, criou um ser de poder incrível. Conforme ele extraía o poder do sol para o próprio corpo, sua carne mortal era consumida e vertida em um vórtice reluzente de poder arcano.
Após a revelação da traição de Xerath, Renekton e Nasus correram até o epicentro da tormenta de magia que destruía a cidade. Eles levaram consigo o sarcófago mágico que aprisionava o espírito do fogo eterno. Os irmãos Ascendentes enfrentaram tudo no caminho até o Platô da Ascensão, enquanto Xerath despencava do brilho fatal que engolia a cidade. Antes que o Mago recém-Ascendente pudesse reagir, eles enfurnaram seu corpo crepitante no sarcófago e mais uma vez selaram o artefato com as correntes sacras e sigilos de restrição poderosos.
Mas não foi o suficiente. O poder de Xerath era enorme enquanto mortal, e tal poder, combinado com o dom da Ascensão, tornara-o invencível. Ele despedaçou o sarcófago, embora seus estilhaços e correntes permanecessem presos a ele. Renekton e Nasus lançaram-se contra Xerath, mas a nova força dele era suficiente para se igualar a de ambos. A batalha se alastrou pela decrépita cidade, arrasando tudo o que já não se encontrava soterrado pela areia. Os irmãos conseguiram levar Xerath até a Tumba dos Imperadores, o maior mausoléu de Shurima, uma câmara cujas trancas e selos eram impossíveis de se romper e que respondiam apenas ao sangue dos imperadores. Renekton empurrou Xerath para dentro e ordenou Nasus a confinar os dois no local. Foi com grande pesar que Nasus obedeceu, sabendo que este era o único meio de impedir a fuga de Xerath. Renekton e Xerath caíram na escuridão eterna, e ali permaneceram, travados em um combate infinito enquanto a outrora grandiosa civilização de Shurima sucumbia.
Incontáveis séculos se passaram e, com o tempo, até a formidável força de Renekton esmoreceu, deixando-o vulnerável à influência de Xerath. Com mentiras e ilusões venenosas, Xerath corrompeu a mente de Renekton, preenchendo-o com um ressentimento descabido para com Nasus, o irmão desgarrado que, na ficção de Xerath, abandonara-o tanto tempo atrás.
Quando a Tumba dos Imperadores foi enfim descoberta sob o deserto e arrombada por Sivir e Cassiopeia, Xerath e Renekton foram libertados com uma explosão de areia e escombros. Sentindo que o seu irmão ainda estava vivo, Renekton partiu das ruínas em um rompante: sua mente transformara-o em nada além de uma fera selvagem. Após eras apagadas pela história, Shurima havia renascido. Ao observar toda a imponência da cidade em meio ao deserto, Xerath sentiu mais uma alma voltar à vida. Uma alma que ele acreditava estar morta há tempos. Azir também fora ressuscitado como Ascendente, e Xerath sabia que não haveria paz entre ambos enquanto um deles estivesse vivo.
Xerath saiu em busca do coração do deserto para recuperar sua força e compreender de que maneira o mundo mudara nos milhares de anos que se passaram desde o aprisionamento. O seu poder roubado crescia a cada momento, e ele vislumbrava um mundo pronto para a conquista; um mundo repleto de mortais dispostos a venerar aos pés de um novo e aterrorizante deus.
No entanto, mesmo com todo este novo poder e com tudo o que aconteceu desde que era um escravo sem um nome, parte de Xerath sabe que ele ainda está acorrentado.


Os ataques básicos de Xerath restauram Mana periodicamente.

Atira um raio de energia de longo alcance, causando Dano Mágico a todos os alvos atingidos.
Primeira conjuração: Xerath carrega o Pulso Arcano, gradualmente reduzindo sua Velocidade de Movimento enquanto aumenta o alcance da habilidade.
Segunda conjuração: Xerath dispara o Pulso Arcano, causando 80/120/160/200/240 (+75% de Poder de Habilidade) de Dano Mágico a todos os inimigos em linha reta.Enquanto carrega Pulso Arcano, Xerath não pode atacar ou conjurar outras habilidades. Se Xerath não disparar a habilidade, metade do custo de Mana é recuperado.

Invoca uma barragem de energia arcana, causando Dano Mágico e lentidão a todos os inimigos em uma área. Alvos no meio recebem dano adicional e lentidão mais forte.
Xerath conjura uma explosão de energia arcana, causando 60/90/120/150/180 (+60% de Poder de Habilidade) de Dano Mágico e 25% de redução de velocidade por 2.5 segundos a todos os inimigos na área alvo. Inimigos no centro da explosão também recebem 0 (+0) de Dano Mágico e 60/65/70/75/80% de redução na Velocidade de Movimento. Esta lentidão se esvai rapidamente.

Causa Dano Mágico a um inimigo e o atordoa.
Xerath dispara um orbe de magia bruta. O primeiro inimigo atingido recebe 80/110/140/170/200 (+45% de Poder de Habilidade) de Dano Mágico e fica atordoado entre 0.5 e 2 segundos. A duração do atordoamento é calculada com base na distância percorrida pelo orbe.

Xerath imobiliza a si mesmo e recebe diversas barragens de longa distância.
Xerath ascende à sua forma verdadeira, permanecendo em seu lugar e recebendo 3/4/5 Barragens Arcanas. Essa artilharia mágica causa 200/240/280 (+43% de Poder de Habilidade) de Dano Mágico a todos os inimigos atingidos.O enraizamento encerra após 10 segundos, quando todos os disparos forem feitos ou se for manualmente desativado com um comando de movimento. Se nenhuma barragem for disparada, 50% do Tempo de Recarga é recuperado.


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